quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Richard Hamilton - O pai da POP ART


Hamilton proclamou desde muito cedo seu "entusiasmo por uma relação relaxada com a arte, em oposição à longa, séria tradição cultural da Europa". Ao contrário de seus contemporâneos do Velho Continente, o artista britânico sempre se bateu pelo envolvimento do público no evento artístico. Assim, suas obras apresentam vários pontos de conexão com o cotidiano, remetendo-se à multiplicidade de impressões audiovisuais, tão típica da cultura atual.
Assim, Hamilton – sem dúvida uma figura-chave da arte moderna – fez jus ao título de "pai da pop-art", sem jamais se haver identificado pessoalmente com este estilo. Comparada com as do movimento artístico norte-americano dos anos 60, sua obra é mais sutil e multifacetada. Como na pop-art clássica, Hamilton toma emprestadas imagens do dia-a-dia, para através delas refletir fenômenos sociais. Além – e apesar – disso, ele não perde de vista a questão: onde está a fronteira que separa produto e obra de arte?

Após estudar com entusiasmo o design dos artigos da empresa alemã Braun nas décadas de 60 e 70, Hamilton resolveu projetar seu próprio produto, baseado nas formas típicas daquela marca de eletrodomésticos: uma prótese dentária, fixada na ponta de uma escova de dentes elétrica, vibra freneticamente quando se aperta um botão. O crítico ri é o nome desta peça, a que o artista acrescentou mais um toque humorístico, ao assiná-la caligraficamente, imitando o logotipo da Braun.
Tão numerosos quanto as referências, são nas obras de Hamilton os materiais empregados pelo artista de 81 anos, nas suas já cinco décadas de carreira criativa. Polivalente, ele pinta, desenha e fotografa, produz colagens, instalações e designs. O Museu Ludwig – que possui o maior acervo hamiltoniano, em todo o mundo – apresenta cerca de 180 peças, representando cada um dos complexos temáticos abordados por ele.


Richard Hamilton no Museu Ludwig
Richard Hamilton.
  
                          Onde pesquisei, quer saber mais :: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,946199,00.html

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